Nosso ouvido ocidental usa e reconhece 12 diferentes notas musicais as quais damos o nome de escala cromática (aquela que possui todas as notas). Dela podemos criar outras escalas, que seriam reduções da escala cromática, cada qual com sua sonoridade característica.
Lembro que esse conceito é contemporâneo, já que dentro da história da música a primeira escala foi a pentatônica (5 notas). Temos essas duas posturas: historicamente fomos agregando novos sons e aceitando, com o passar do tempo, escalas com 6, 7, 8 notas. Hoje podemos pensar ao contrário, no todo da escala cromática e reduzí-la em prol de outras sonoridades.
Fica a frase: “Uma escala é característica pelas notas que possui e ao mesmo tempo pelas notas que não possui”.
É preciso compreender que nossa música esta entrelaçada ao conformismo da sonoridade que criamos. Aprendemos a escutar as diferentes escalas e com elas criamos nosso conceito musical. A fuga desse conforto é atributo do contemporâneo e sua tentativa de tirar nosso ouvido das raízes do século 18. Muito se fez mas pouco se popularizou, nossas regras ainda são aquelas plantadas pelos gregos, regadas pelo barroco, adubadas pelo clássico e colhidas pelo romântico.
O novo está na velocidade de trânsito dentro das sonoridades que conhecemos e a mistura de seus atributos. É brincar com os conceitos que solidificamos e sutilmente distorcer as expectativas. É ter o chão de nossa história e suas escalas, e o céu das novas possibilidades. Entender o uso da ferramenta e buscar suas novas utilidades.
Tuesday, 31 May 2011
Friday, 20 May 2011
Denis Warren - Blue Tone
No meu site você encontra a análise e descrição completa dessa música, desde o equipamento utilizado para gravação, as técnicas e escalas utilizadas, exemplos sonoros, tablaturas e backing track.
Link para a página com o arquivo PDF
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Denis warren - Complemento dos assuntos do Blog
Vocês podem encontrar o complemento dos temas que discorro nesse blog na minha homepage:
www.deniswarren.com
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Thursday, 19 May 2011
Ritmo
Música acontece dentro de um espaço de tempo e a forma com que distribuímos os sons nesse espaço chamamos de rítmo. Para reproduzir uma música com a exatidão da sua existência, temos que ter o controle perfeito desse rítmo, entendê-lo logicamente e sentí-lo intuitivamente.
Muitos instrumentistas acabam desprivilegiando o estudo rítmico, se focam em outros empecilhos do instrumento e acabam carentes de uma boa execução musical. Isso se torna notável quando vão tocar com outros músicos onde não conseguem unidade. O resultado é penoso.
Vivemos em pulso, tudo gira, começa e termina, fomos cultivados assim. A pulsação do coração da mãe dentro do ventre, marcando o período de gestação, nos alimentando de noção de tempo. O dia, a noite, a hora, o minuto, o segundo. A música indifere, ela é a representação de nossas escolhas, da forma com que nos relacionamos e entendemos o tempo.
O som acontece e dura, o silêncio também. E a melodia se faz disso, das diferentes notas e dos diferentes silêncios. Agrupados pela lógica de seu compositor, pulsando com o acordo da sua vontade.
Monday, 9 May 2011
Composição
Compor é a atividade exercida pelo músico de maior pureza pois revela toda a natureza de sua vivência musical, expôe seus gostos e perpetua, registra uma época da alma. É tão íntimo que desnuda o compositor que fica atordoado com a sinceridade de sua produção, e se reconhece. E se faz conhecer.
A prática da composição deve ser constante e frequente, só ficamos bons naquilo que desprendemos esforço e tempo, entendendo aos poucos os mecanismos e as ferramentas. Ter o controle pleno do processo de composição possibilita o controle do resultado e com isso forçamos a música ao seu objetivo. Por que estou compondo?
A criação musical tem várias razões. Faz-se música para entreter, para divertir, para comover, para assustar, para soldar os vários aspectos de se viver. Hoje não se vive sem música, ela permeia todos os cantos, está em todos os lugares, incrustada na nossa dependência.
Todo o tipo de arte é informação, é comunicação, e esse caminho tem duas pontas. O compositor diz e o ouvinte escuta, a sua maneira. É impossível forçar uma interpretação, mas podemos estimular, e poder fazer isso bem faz o bom compositor.
Para ver mais visite a sessão LESSONS da minha homepage: www.deniswarren.com
Saturday, 7 May 2011
Denis Warren - Cold Fusion
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